Radhe... Goloka taruni mandala mahite

Nos braços de minha Senhora entrego minha vida,
Me tornando uma ilha do Seu Amor...
Já não posso viver sem ter Ela em mim,
E estando completa em mim,
Todos meus jogos, são apenas jogos de amor...
Uma vez que somente o Amor dEla me é sem fim...
Sem começo, e também sem meio...
É amor eterno e não nascido...
Os puritanos jamais irão entender ou aceitar o fato,
De que minha Senhora se torna superior ao Deus Masculino...
Pois Ela subjuga finalmente o Amor dEle ao dEla,
Se fazendo amar, neste fim de jogo Supremo...
Que recém acabou,
E que transforma minha vida em castidade,
Em liberdade,
Em desfrute,
Em Amor Puro por Ela...
Só por Ela e através dEla é que aprendi a Amar,
O desafio que Ela se lançou,
Foi um desafio em que ninguém mais se lançaria...
E se me lancei aqui atrás dEla - em tempos difíceis de se contar -
Foi no começo; só por egoísmo.
Ela vence o jogo...
Eu me retiro,
Na felicidade de amar e amar, e matar o meu "Narciso".

PELA PORTA DO MEU CORPO

É TUDO COMO SE EU ME TORNASSE LEIGO DAS COISAS...
DE DENTRO DO ÔNIBUS VEJO PLACAS DO COMÉRCIO,
PONHO SENTIDO NO QUE DEVE SER,
MAS NÃO SEI COMO ME SERVIR UM DIA DISTO QUE VEJO.
SIGO...
PESSOAS ENTRAM E OUTRAS SAEM DO COLETIVO,
EU CONTINUO RUMO AO MEU OBJETIVO,
E OUTROS AINDA CONTINUARÃO;
MESMO TENDO SUBIDO ANTES OU DEPOIS DE MIM.
LEMBRO QUE COMPROMETI-ME COM UM AMIGO DO CHILE,
A IRMOS JUNTOS AO INSTITUTO BRASIL-JAPÃO...
- NÃO SEI SE VAI DAR TEMPO -
OUTRO DIA SENTEI NUM BAR NA LAPA,
E COMO SE FOSSE SOLTAR MINHA ARMA,
APONTEI O DEDO PRA CIMA PEDINDO PELA NÚMERO UM.
TOMEI DOIS COPOS,
A CERVEJA TODA E MAIS DUAS.
E SEGUI...
MEU CORAÇÃO VAZIO DE MIM MESMO,
SE PRENDE COM COISAS EXTERNAS,
DAS QUAIS MEUS OLHOS SÃO ESPELHOS,
OU PORTAIS DE ENTRADA...
VOLTO A DESEJAR PESADO O QUE MEU ESPELHO,
REFLETE PRA DENTRO DE MIM,
MAS QUE SÃO SEM DESEJOS ORIGINAIS.
SIGO...
CONVICTO E CERTO QUE TODA MINHA EXPECTATIVA PASSA;
E ASSIM É; POR NÃO ALIMENTÁ-LA...
EMBORA EU GOSTARIA DE AUTOMATICAMENTE,
SENTIR OS GOSTOS,
PALPAR AS PELES E SENTIR OS CHEIROS,
DEIXAR DERRETER EM MINHA BOCA SUAS TEXTURAS...
MAIS TAIS EXPECTATIVAS VÃO EMBORA,
NA MESMA VELOCIDADE QUE AS DEIXO SEM ALIMENTOS
E NINGUÉM ENTENDE QUE MESMO DEPOIS DE TANTA PRECIPITAÇÃO,
AO DIZER AO MUNDO, OU AO MEU MUNDO,
E AO SEU MUNDO TAMBÉM - QUE É LINDO -
QUE TE QUERO !!!
RETIRO MEU DESEJO E EXPECTATIVAS,
E NÃO ESPERO MAIS NADA,
QUE NÃO O SEU SORRISO AO NOS CRUZARMOS,
PELAS LOJAS DE TODAS AS CALÇADAS...
SIGO...




N.S. DE COPACABANA 21 12 2011 (433)

SEU SER (04.02.2009)

SEU SER (04.02.2009)



A mágica da ilusão,
De ser pessoa...
Nascido da carne sofre,
Os anseios que se refletem em vitórias.
Nada mais lhe mete medo.
A não ser seu corpo e mente,
formados de ego e alma...

Essência implícita de realidade além,
Da verdade oculta pela descrença;
Onde a forma e reverência ainda se tornam,
Como miasmas de hierarquias exigentes.

A família que sofre também o ama.
E tudo de maneira incondicional se faz dos dois lados...
A mãe chorosa, o pai zeloso,
O irmão mais velho, a irmã mais nova...
E ele vagueia buscando por amor fidedigno.

Uma história aparente sem a ser...
De verdade, um sofismo da realidade mesma,
Feito como se fosse um dever,
E também uma diversão dolorida no final...
Seu ser!



A PENA DO PAVÃO

A PENA DO PAVÃO

Deixe deslizar em ti minha pele,
E terá sensações que não teve antes...
Pois, trarei suas lembranças,
Em que dias e noites e eternidades vãs,
Trouxeram-te a mim como amantes...
Apenas que a ti só, eu dediquei,
A fazer de nossa cópula diamante...
Eis que ver-te nua já não posso,
Pois meu lábios - neles - guardam o seu corpo...
E que estão fechados, meus olhos...
Ao te seduzir pelos meus toques,
Você se orienta pelo êxtase,
E me orienta com sua potência,
Potência própria de ser o meu amor...
Mesmo que menina - ainda;
Insiste em ser mulher pra esta vida...
Então aos poucos sopro a minha pena...
Meu olho há de chorar e não aguenta;
De render-se em seu útero; jorro viril.

Trajeto Leblon-Lapa (pelas redondezas de Botafogo), Rio de Janeiro
Quarta, 14 dezembro de 2011




BELEZA

BELEZA



Tento ver a beleza...
A todo momento quero ver a beleza...
A beleza em tudo.
A Sua beleza no mundo...

A fortaleza;
Pra mim é só a beleza.
Ah, que belos dias são aqueles,
Tento fazer que belo seja esse,
Para os belos que vivo em mim...

Vejo mais cores agora.
Vejo beleza.
Vejo você,
Refletida em minha alma...

(05.2004)


Olhos de Pavão Misterioso





O pavão dança com os olhos também...
Repercutindo seu desejo forte em seu coração divino.
O viril quis que na noite passada você o olhasse,
Não entre livros;
Mas num corredor aberto,
Onde os laços da atração, 
- Positivo e negativo - se fariam...
Se fez.
E o viril teve a certeza que se pode fazer muito mais,
No desejo dos dois...


Contido em seu desejo íntimo ó bela mulher dourada,
- Pra esse tempo nunca vi pele e aura tão brilhante -
Seu medo e atração simultâneos,
Me deixa feliz...
Afinal quem sou eu?
Você tem razão de se fazer arredia comigo e eu gosto.
Só não sei se gostarei por muito tempo !
De você arredia, talvez confusa...
Nossos olhares se encontraram e se contraíram,
Por medo dos raios que se fizeram entre eles.
Ou dos que entraram dos meus olhos nos teus,
E dos teus aos meus...






Tive várias certezas,
Mas vou tranquilo,
Para que novamente não atropele meu plano de ser objetivo por fora,
Subjetivo por dentro,
Você agora e sempre,
Mesmo que venha depois outra,
Você agora inocente a mim;
Como um cacho de acácia, mergulhará no meu brilho azul...
Mas só meu brilho, pois minha tez,
Brilha reluzente como ouro,
Como a sua pele  clara para este mundo objetivo...
Mais um presente...
Se não tive calma, agora terei,
Pra trazê-la aos meus beijos,
Quando me der os teus.
E num fascinante mergulho aos nossos olhos comuns,
Você dançara junto comigo, uma canção que só uma havia participado.
Com você vou com cuidado.


Talvez meu ímpeto seria te causar mais medo com minha convicção,
De que você poderia ser quem eu quisesse que fosse...
Mas você só pode ser minha se quiser de verdade...
Abro minha cauda ao meio,
E somente a abrirei inteira,
Quando eu puder fecha-la envolta de nós,
E você começar a mergulhar em meus mistérios.
Em que nenhum livro contém de todo a verdade deles...



( Domingo, 11 de dezembro de 2011 )

AUTOR DESCONHECIDO



AUTOR DESCONHECIDO

Agora mesmo irei embora para a morte;
Em um brilho que penetra em mim...
A tribo dos 12 estará reunida,
Cantando uma realidade sem fim.

O que irei expor;
São segredos do passado,
Ou do milênio,
De dois milênios;
Ou ainda,
Do dia que já passou

(abril 2001)


O TIGRE E O DRAGÃO

                                                   
Minhas garras penetraram em suas costas...
E eu voei com você nosso reino afora,
Nós ligados como se em cópula e desejo...
Não fosse pouco...
Você tentou me queimar com o seu sopro,
Mas eu estava tão fixo em sua pele, 
Com sabor e cheiro almiscarado;
Do que sangrava na cavidade que te fiz.
E assim seu sopro não me alcançava,
E se queimasse a mim, queimaria também sua pele macia para minhas garras ...

 Voávamos sob o pântano de lótus e por cima de todas as montanhas,
Nos debatendo por guerra o que é no 'fundo' amor.
Cravei mais fundo as minhas unhas,
E no rugir de um Leão;
Mesmo sendo um Tigre (para aquela 'metáfora');
Cravei mais fundo minhas presas  na espinha de sua cervical,
E não gritando, gemeu num misto de prazer e dor,
Se dando por vencida...

De meu serpentear disfarçado por todo seu dorso,
No comando subjetivo do meu sêmen, 
Em forma salivares de meu mel interno...
Você voou mais alto, quase que ultrapassando o limite do céu,
E sabe lá como...
Conseguiu me arrancar de onde estava alojado em seu dorso,
Lá de cima e aliviada de meu domínio me via cair me debatendo no ar,
Eu não teria como me salvar, olhava tudo que rodava ao meu redor,
E antes que chegasse meu fim, 
Me senti voando, agora em suas garras de dragão...
Passeamos suavemente até o campo de Sumatra,
Você me deixou ali na entrada da floresta,
E eu já não sentia vontade de te dominar pela força me mostrando mais forte...
Seu olhar era perdido junto ao meu ao seu,
Não havia nenhuma forma de completar o nosso amor; 
Que não fosse agora,
Em que o dragão está tatuado em seu corpo,
E o tigre impregnado em meu ser...

Agora somos pessoas.
Os olhares já se fizeram novamente,
Aquele mesmo olhar em que o tigre entrando na mata, 
Olha para trás, e vê um dragão olhando fixamente para ele...
Num tanto de adeus o dragão alça voo e espalha fogo por todo um pântano de lótus,
Onde ela mesma nasceria depois...
E agora para sempre em meu coração de Leão...
Um calmo Homem Leão!!!

 [1974/1976 ]




Este dragão é meramente ilustrativo, não se tratando do original.

(novembro de 2011 - Rio de Janeiro)

Hladini, vou embora...



Você poderia ter sido por inteira amada,
Mas se externou em seu Guru,
E em ti minha Hladini foi embora,
E sinto o vazio agora do que seria,
Você...
Meu complemento...
Meu alimento de amor nessa vida. 
Hladini volta e você pode ficar onde está  quiser...
Sem mim...
Mas se quiser alguém pra só seu não se esqueça,
Que sabe como me achar, 
Não importando em que Campos esteja vivendo.
Faça do atrevimento sua fé,
E venha até nas palavras que te disse, 
E que eu sei, ainda ecoam em sua mente,
Sua alma,
E no desejo dela que se faz em sua pele.
Eu sei...



Do que se faz belo minhas palavras em ti,
Em sua beleza; reflexo de minha Hladini,
É a presença de minha amada em Mim.
Você não quis Devi saber mais,
Do que lhe disse,
Mas senti que faz o que não quer, 
No sinal evidente de colocar seu nome;
Narayan novamente como meu desejo inicial,
Que assim continuasse... 
... Narayan.

Mas águas passadas não movem moinhos.
No entanto são abraçadas pelo oceano,
E ti, você, ou ti novamente,
Como que entregando sua mente, 
Volta a ser o que nunca deixou de ser,
Podendo não ser mais;
Mas estar pra sempre contida,
Em minha Hladini Shakti...

Que a ilusão escritural dos Veda ou da Bíblia,
Ou tantas outras, não te cubra com o véu da ignorância,
Na postura correta de seu mestre,
Que mesmo contra a vontade...
Canta as letras que matam...

Eu escreverei as que vivificam, 
E nelas podem estar você.
Volta Devi, volta...
Pois sem a minha Douradha,
Só agora te tenho como minha amada...
Amante...
Namoradha !!!


Volta pra escrevermos um livro juntos !!!!

PEREGRINAÇÃO INVOLUNTÁRIA


PEREGRINAÇÃO INVOLUNTÁRIA

Trilhões de árvores como abrigo,
O mundo como fronteira,
Me limitando...
Pois não consigo voar.

Se foi embora mais uma vez,
Minha dignidade e lucidez,
Sinto por os deixar tristes,
Mas eu me cansei...

Claro que meu coração pulsa em dor,
Meu estômago sente calafrios...
O que será esse mundo a minha frente?
Onde a relação íntima será eu?
Eu...
A minha própria relação íntima;
No mergulho sem medo de seguir o caminho,
Com meu cajado...
E alguns cometas e um sonho:
Liberdade sem desespero.
Na certeza de que dentro de mim,
Eu já acertei.
Mas não posso externar o que sei,
Devido minha brutalidade...

Oro pra que sem medo,
Siga adiante,
Na rotina de fazer cada dia diferente,
Observando a cultura,
De toda essa gente...
Indo sempre na direção,
De onde alcançar minha visão.

(25.09.2004)

VOU DE NAVIO PARA BHARATA VARSHA .'.



VOU TE TRAZER DE VOLTA A VIDA,
NA VIDA ETERNA DE NÓS DOIS,
QUANDO DESSA VIDA ME FOR...
TODOS OS ENIGMAS JÁ ESTÃO,
EM ANÁTEMAS LANÇADOS,
PELO REAL - O BUSCADOR...
AQUELE QUE DOS SÍMBOLOS FAZ PRESENÇA,
NA IMPORTÂNCIA DO QUE SE FALOU...
MAS QUE DEPOIS SE ESCREVEU.

O MAR AGORA PARTICIPA DE MIM NOVAMENTE,
E ASSIM O NAVIO PODERÁ PARTIR EM 11 ANOS,
OU AINDA ATRACAR POR AQUI POR MAIS TEMPO,
SAIR DE MEU PAÍS APENAS SE FOR,
PARA O CONSENSO FINAL...
EXISTE UMA CHANCE ENTÃO...
OU TUDO SE DESTRÓI QUANDO EU RESOLVER,
IR DE NAVIO QUE HÁ SÉCULOS "ME TROUXE",
OU SE NO EU IR COM O NAVIO,
OS BOTÕES SE APERTAM E NÃO SE PERDE TUDO...

FICAR SEM O AMOR DELA É O QUE MAIS DÓI,
MAS DÓI TAMBÉM SUA TRAIÇÃO,
EM SE FAZER PALAVRAS QUE EU VIM CUMPRIR...
AH, SE COMO ELA HOUVESSE AO MENOS UMA,
UMA SÓ SIMILAR E NÃO COMPLETA,
QUE PUDESSE OUVIR MINHAS LOUCURAS,
BEBER NO SEU ÊXTASE O MEU PRAZER...
NUM ENCONTRO TOTAL DE NOSSOS OLHOS,
ONDE SÓ POR ISSO EXPLODE O GOZO,
E NOS TOQUES VINDOUROS O COMPLETO ROMANCE,
DOIS CORPOS ENTRELAÇADOS A COMEÇAR PELAS MÃOS...

DO GOSTO DO BEIJO,
DAQUELA QUE ESCOLHERÁ PRA MIM,
PRA SUPRIR UM POUCO A SUA FALTA;
MORARÁ NELA MINHA PROMESSA,
DE QUE VIVEREMOS TODOS,
SEMPRE MUITO FELIZES...
E DE SE FAZER DE UM SIMPLES 'PIC NIC',
ALGO QUE NESTE MUNDO;
NINGUÉM QUE NÃO FOSSE EU,
OU FOSSE VOCÊ;
COMPREENDERIA OU SABERIA DIZER,
DESSE NOSSO SEGREDO...
SOFISMOS IREI LANÇAR,
JÁ OS LANCEI...
MAS DE SORTE JÁ POSSO FALAR,
QUE JÁ NÃO EXISTEM SÍMBOLOS QUE NÃO EU DESVENDE,
OU ESPECULAÇÕES QUE JÁ NÃO FAÇA...
OS DOUTORES "MORREM" COM MEU PALITO NOS DENTES,
E NUM PEDIDO DE UMA BRAHMA GELADA...

EI TE DAR DE VOLTA A MIM, DEPOIS QUE EU PARTIR,
EM CORPO...
E SÃO, DE QUE NADA VIVI AQUI,
NO TRANSCENDENTE FATO DE QUE O TEMPO,
EM NADA ME ME AFLIGE.
E APENAS PARA UM BEM COMUM;
 A EXPERIÊNCIA...
É UMA LÓGICA DE SER, UM HUMANO...
O QUE PROMETEU E TENHO CUMPRIDO...

SEU CORPO É A PORTA DE ENTRADA,
MINHA PARA QUALQUER COISA...
E QUE EMBORA MORE EM MIM ETERNAMENTE,
SEM TI Ó RADHA,
SOU APENAS UM MENDICANTE NESTES DIAS DE KALI,
ATÉ QUE DEVOLVA MEU PODER,
OU QUE EU GRITE O GRITO SECRETO,
APÓS IR DE NAVIO A BHARATA VARSHA...
Ó RADHA, SÓ VOCÊ MINHA AMADA.
MINHA ETERNA NAMORADHA;
O RESTANTE,
APENAS  NAMORADA' S...
A INCÓGNITA!
A DÚVIDA!
MAS QUE DELES SEJAM A DÚVIDA...
E QUE DE MIM VENHA A INCÓGNITA.
Ó MINHA AMADA DOURADHA.






GANJARI

GANJARI



Vá andando!...
Quantos passos consegue dar,
Até que chegue o final da estrada?
O rumo pode estar correto...
Mas está indo sem medo?

Quantas plantas de poder,
Poderá consumir?
E compreender que apenas um pouco dela,
Me prende a você.
Você trouxe de volta em hábito...
Mas não tenho medo de esquecer...
Porque sei até onde isso tudo é um mistério.

A maçã da noite já peguei,
E espero agora orar.
Não pra Shiva...
Mas pra mim mesmo,
No entorpecimento do meu ser...
Sem que haja sagrado nisso,
Mas escolha e minha culpa...

Corredores a frente,
Estradas a percorrer,
Nas virtudes ou vícios,
Vicissitudes ou glórias.
Siga o seu caminho,
Em busca de suas histórias.
Sigo eu sozinho – como sempre -
Não importa minha covardia,
Não importa qual será minha hora...

(06.08.2008)


INSINUANTE

INSINUANTE



O Pão,
O medo,
Nosso segredo.
O meu desejo.
Sua partida.
O nosso encontro.
A nossa sina,
É nossa vida.
Você tão longe,
E também,
Tão perto.
O que se insinua,
Foi o que deixamos quieto.
O meu tormento,
Sua solidão...
E nosso filho?
Ali atrás na mata.
A nossa história;
O fim.


SEU SER (04.02.2009)

SEU SER (04.02.2009)



A mágica da ilusão,
De ser pessoa...
Nascido da carne sofre,
Os anseios que se refletem em vitórias.
Nada mais lhe mete medo.
A não ser seu corpo e mente,
formados de ego e alma...

Essência implícita de realidade além,
Da verdade oculta pela descrença;
Onde a forma e reverência ainda se tornam,
Como miasmas de hierarquias exigentes.

A família que sofre também o ama.
E tudo de maneira incondicional se faz dos dois lados...
A mãe chorosa, o pai zeloso,
O irmão mais velho, a irmã mais nova...
E ele vagueia buscando por amor fidedigno.

Uma história aparente sem a ser...
De verdade, um sofismo da realidade mesma,
Feito como se fosse um dever,
E também uma diversão dolorida no final...
Seu ser!


ESSES OLHOS SÃO MEU CORAÇÃO QUE CHORA POR VOCÊ



ESTE TEM UMA SÓ DONA;
QUE ME NEGA, ME MACHUCA, 
ESSAS LÁGRIMAS QUE SAEM DOS OLHOS, 
NO MEU CORAÇÃO SÃO GOTAS DE SANGUE...
UM ESPERANÇA, DÓI MUITO MAIS QUANDO DEIXA DE SER ESPERANÇA...
ONDE SE ESPERA QUE AQUELA MULHER QUE TÃO BEM ESCREVE;
DEVERIA SER FAZER SUA PERSONAGEM, UMA CRIANÇA;
ONDE A INOCÊNCIA A FAZ ACREDITAR EM HERÓIS,
E ONDE QUE NAQUELAS HORAS EM QUE ELA ACREDITOU;
QUE EU FOSSE UM HERÓI,
REFUTO SUA DÚVIDA DIZENDO; 
QUE A ESPERA PODE SER DOLORIDA PARA MIM;
MAS QUANDO DA SUA CERTEZA SOBRE MIM VIER;
SINTO QUE PODERÁ SOFRER POR ELA ESTAR TÃO DISTANTE.
 POR SER FAZER TÃO DISTANTE...
FECHANDO-SE PRA MIM, SEM ME DIZER NEM MESMO OI...
O QUE FARIA MEU CORAÇÃO AO MENOS PARAR DE CHORAR,
E ASSIM  -A QUASE - TENDO A CERTEZA DE QUE UM DIA IRÁ BROTAR,
SE FORMAR, E PERMANECER SEMPRE VIVA;
NA FORMA DE UMA BEM AVENTURADA FLOR DE LÓTUS;
AS HORAS E HORAS DE MUITAS CONVERSAS VINDOURAS,
PERTINENTES, E COM OS MESMOS OLHOS OLHANDO,
O MEUS PARA OS SEUS E OS SEUS PARA OS MEUS,
COM TAMANHA CUMPLICIDADE;
QUE APENAS ISSO, INICIA-SE E ENCERRA-SE O ÊXTASE...
E SE INICIA NOVAMENTE, 
NUM DESVIO E REENCONTRO DO OLHOS;
REINICIA-SE O ÊXTASE, ATÉ NÃO PRECISAR NEM OLHOS,
MAS TAMBÉM AROMA, PEQUENOS TOQUES E GESTOS...

VOCÊ SABE QUE É MUITO IMPORTANTE PARA MIM...


Lakshimi Narayani - A Fortuna da Alma Suprema...


Desse momento em que agora escrevo,
Espero no que esperava, falar de novo com você mais tarde...
O telefone não ligou "naquela tarde vazia",
Mas na manhã vazia...
Depois de uma tarde e parte da noite brigando com Gandharvvika.
Que como não há alguém tão plena como ela,
Que se apresentasse a mim alguém para me ouvir,
Para me amar e participar como minha...
E sua proposta de liberdade me encanta,
Enquanto também sei que finalmente se aprisionará ao meu amor,
E falta pouco, para que com meu Yantra;
Esse caso acontecer...
Você toda minha em cumplicidade e desejo constante de me ouvir...

O tempo passado não importa !
São acontecimentos aparentemente experimentais,
Para condizerem com a atual Era,
Onde tudo parece normal,
Estando tudo como perdido...
Mas a realidade que impera é que posso ser eu mesmo...
E depois do Fogo que selou nossa eternidade,
Parece que agora finalmente posso dizer quem é você.
Te ingressando em fluxo e movimento interno de sua alma,
Ao desejo de estar no grupo de Minha Amada Douradha...

Você criou morada em meu peito,
E arranquei o seu sinal deste mesmo peito,
Quando foi embora;
E me disse adeus e que não me amava num encontro depois...
Arranquei aquele pelo branco - e não dourado - de maior tamanho do demais - srivatsa.
E joguei-o ao fogo, para que sacrifício fosse,
No desejo que voltasse com mais entendimento,
E com desejos parecidos com os que eu sempre quis te mostrar.
E agora você vê com os olhos de você mesma...
Desde criança eterna alma participante,
Mas como eu, sem cálculo a querer saber o próximo passo...
É bom que siga assim,
Pra que em minha revolução subjetiva e armada em outro plano,
Se faça em silêncio e movimento e você como minha amada,
Seja também meu segredo e fonte apaziguadora do meu ego.
Livre como quiser...
Mas se fará presa em minhas palavras e desejosa para o meu prazer,
Sendo eu como seu, e para você...
Como sempre foi desde a cerimônia em que se queimou no Fogo,
Nossa materialidade,
E se encontraram nossas almas,
Que exceto o lapso da mente e da minha vontade oculta,
Se perdeu de mim o seu corpo e o seu rosto,
Sua voz e seus cuidados...
Mas nossa alma, ó minha amada.
Essa se fez uma só,
Mesmo que em personalidades distintas.

Era como se eu já soubesse...
Pois sabendo que você saiba quem sou seu,
Poderemos sempre sermos um do outro,
Em silêncio e segredo nos desejos que temos,
Implícito em cada um e de cada um...
Para que um ampare os desejos do outro satisfazendo-os como for !

Um encontro marcado pra sempre na liberdade,
Sem libidinagem barata,
Mas tudo para um encontro que foi marcado em outro momento,
Que você não se lembra e eu sim,
No início do infinito e do do tempo que não existe em mim.
E que consagrado se fez no Fogo de uma Bela Arena,
Que eu mesmo montei, para que fosse a mais auspiciosa,
E de acordo ao desejo que se escondeu embaixo de seu sari vermelho,
Percorrendo todo corpo, e se concentrando em,
Muladhara e anahata.
Seu cheiro a flor da pele e por toda sua pele.
Seus olhos como lótus,
E uma realização que só vai começar, de verdade agora !
Ó Narayani - Senhora do Senhor das Águas,
Sendo também Lakshimi das suas mãos jorram ouro e gemas inestimáveis.
Do seu desejo profundo por Madhava,
Nasce agora a sua chance de compreendê-lo...
Tendo acesso íntimo ao grupo de Sri Radha !


E fez-se novamente a promessa,
Que mesmo que se desfaça...
No coração Varão existe uma morada,
Para um nome;
O de Natalya

O BROTO DA MAIS SÁBIA FLOR DE LÓTUS



Lá dentro existe algo capaz de salvar o amante,
Da quase eterna distância de sua Amada Dourada...
Um broto verde embarreado pelo lodo...
Dentro deste broto um sentimento a surgir.
E na modernidade no teclar de meu laptop,
São como minhas mãos acariciando-a nas palavras,
E expressões a seguir:

Colocando minha mão esquerda sobre tua face esquerda,
Delicada e branca,
E os meus olhos profundos a olharem os seus ofuscantes em brilho,
A olharem os meus felizes e como que esperando mais...
Com o movimento de seu pescoço você prensa minha mão entre sua face macia,
E sua orelha, adornada por um brinco que tirarei depois...

Meus olhos continuam a te olhar,
E então nós nos precipitamos um para o outro,
E um beijo sela a vontade para os que vieram depois.
Meus dedos abusados por entre a sua blusa,
Toca com suas pontas o centro de seus seios,
E percebo o seu enrijecer,
Um estremecer frenético,
Que percorre tudo seu corpo,
Suas mãos me empurram com seus lábios roxos e inchados à mostra,
Meio que confusa,
Sem saber o que fazer depois do toque mágico e quente,
De minhas mãos em seus seios...

Ela fica um pouco perdida enquanto sua mão direita pousa em meu peito,
E sua mão esquerda mexe compulsivamente teus cabelos.
Ela um tanto tonta nunca teve essa sensação...
Que mesmo com a proposta de nos amarmos a noite toda,
Dias até,
Ela não puderá jamais imaginar que tão simples gesto,
Pudesse desfazê-la em êxtase...
Parecia que sua vontade cessou.
Seu estado era de uma mulher completamente atônita...

Fiz que se sentasse novamente no sofá em que estávamos.
Ela deu mais um gole na taça de vinho que degustávamos,
Com queijos e castanhas; já faziam horas,
Em que antes conversávamos com muito prazer,
Colocando cada palavra proferida com o cuidado,
De ser néctar aos ouvidos e vida para os corações,
Preenchendo a mente com intelectualidades triviais.
Mas o corações com êxtases verbais e nos olhares...

Após 'refazer-se';
De pronto ela me puxou pra junto dela,
E disse:
- Se pra morrer de amor é sentir o que quero com você,
- Que eu te possa fazer morrer também, e que minha volúpia possa ser como a sua.
Ela me beijou profundamente,
Sua boca se entregou como não havia sentido antes som ninguém,
Percebi que aquela moça sem toda a volúpia proposta,
Simples, singela, uma flor de lótus que deveria ainda nascer,
Nasceu...

Deflorou em cor e símbolos,
Que eu mesmo não entendia.
Como era possível aquilo?
Toda minha perspectiva de êxtase,
Sendo acompanhada por essa doce mulher,
Essa doce menina...

Já se passam dois dias,
Entre frenesis e descansos merecidos,
O êxtase se apresentava em cada momento,
Em que nos alimentávamos,
- Geralmente meu prazer era fazer para ela coisas gostosas -
Nossos olhares se demoravam,
Eu aparecia com uma flor qualquer e linda,
A acariciar-lhe a mesma face esquerda em que coloquei minhas mão...
Quando abraçados descansando,
Nunca havia sentido em outra um corpo como meu mesmo,
Sendo eu mesmo, amalgamando-me em seu perfume,
E em nosso suor de horas de êxtase em que se fez antes...

Mas agora olhando seu rosto dormindo sereno e feliz,
Sinto um grande aperto no coração,
E penso profundo e com certo medo,
- Será que se fará desse êxtase também amor?

Ela abre o olhos tão breve,
E espreguiçando me olha e sorri,
E fala de forma tão natural,
Como se simples fosse a primeira palavra:
- Amor, vem tomar um banho comigo?
Minha reação estupefata,
Acabava de pensar em amor (será?)
Sorrio pra ela com sinceridade, e digo
- Só se você me chamar de amor de novo...

A água refrescou nosso suor ao mesmo tempo em que retirava o suor de um novo esforço,
Amparei-a entre meus braços em meu peito enquanto a ducha caía e disse:
- Será?
- O quê? Perguntou ela
Olhei seus olhos e sem dizer de amor - que era o que queria - disse:
- Você...



PS:  A necessidade desta poesia, se fez prosa também em relativa parte. Mas que te parte mesmo estamos falando aqui; que não seja de êxtase, desejos e amor... Em prosa ou versos, tudo isso sempre será belo assim como Sábia é o significado de um dos nomes a quem dedico está simples postagem. E prometendo que quando sair uma de grande inspiração será por ela, e então para ela. Seu segundo nome até faria jus no final. "para ela..." Mas só colocarei se ela permitir...