O TIGRE E O DRAGÃO

                                                   
Minhas garras penetraram em suas costas...
E eu voei com você nosso reino afora,
Nós ligados como se em cópula e desejo...
Não fosse pouco...
Você tentou me queimar com o seu sopro,
Mas eu estava tão fixo em sua pele, 
Com sabor e cheiro almiscarado;
Do que sangrava na cavidade que te fiz.
E assim seu sopro não me alcançava,
E se queimasse a mim, queimaria também sua pele macia para minhas garras ...

 Voávamos sob o pântano de lótus e por cima de todas as montanhas,
Nos debatendo por guerra o que é no 'fundo' amor.
Cravei mais fundo as minhas unhas,
E no rugir de um Leão;
Mesmo sendo um Tigre (para aquela 'metáfora');
Cravei mais fundo minhas presas  na espinha de sua cervical,
E não gritando, gemeu num misto de prazer e dor,
Se dando por vencida...

De meu serpentear disfarçado por todo seu dorso,
No comando subjetivo do meu sêmen, 
Em forma salivares de meu mel interno...
Você voou mais alto, quase que ultrapassando o limite do céu,
E sabe lá como...
Conseguiu me arrancar de onde estava alojado em seu dorso,
Lá de cima e aliviada de meu domínio me via cair me debatendo no ar,
Eu não teria como me salvar, olhava tudo que rodava ao meu redor,
E antes que chegasse meu fim, 
Me senti voando, agora em suas garras de dragão...
Passeamos suavemente até o campo de Sumatra,
Você me deixou ali na entrada da floresta,
E eu já não sentia vontade de te dominar pela força me mostrando mais forte...
Seu olhar era perdido junto ao meu ao seu,
Não havia nenhuma forma de completar o nosso amor; 
Que não fosse agora,
Em que o dragão está tatuado em seu corpo,
E o tigre impregnado em meu ser...

Agora somos pessoas.
Os olhares já se fizeram novamente,
Aquele mesmo olhar em que o tigre entrando na mata, 
Olha para trás, e vê um dragão olhando fixamente para ele...
Num tanto de adeus o dragão alça voo e espalha fogo por todo um pântano de lótus,
Onde ela mesma nasceria depois...
E agora para sempre em meu coração de Leão...
Um calmo Homem Leão!!!

 [1974/1976 ]




Este dragão é meramente ilustrativo, não se tratando do original.

(novembro de 2011 - Rio de Janeiro)

Hladini, vou embora...



Você poderia ter sido por inteira amada,
Mas se externou em seu Guru,
E em ti minha Hladini foi embora,
E sinto o vazio agora do que seria,
Você...
Meu complemento...
Meu alimento de amor nessa vida. 
Hladini volta e você pode ficar onde está  quiser...
Sem mim...
Mas se quiser alguém pra só seu não se esqueça,
Que sabe como me achar, 
Não importando em que Campos esteja vivendo.
Faça do atrevimento sua fé,
E venha até nas palavras que te disse, 
E que eu sei, ainda ecoam em sua mente,
Sua alma,
E no desejo dela que se faz em sua pele.
Eu sei...



Do que se faz belo minhas palavras em ti,
Em sua beleza; reflexo de minha Hladini,
É a presença de minha amada em Mim.
Você não quis Devi saber mais,
Do que lhe disse,
Mas senti que faz o que não quer, 
No sinal evidente de colocar seu nome;
Narayan novamente como meu desejo inicial,
Que assim continuasse... 
... Narayan.

Mas águas passadas não movem moinhos.
No entanto são abraçadas pelo oceano,
E ti, você, ou ti novamente,
Como que entregando sua mente, 
Volta a ser o que nunca deixou de ser,
Podendo não ser mais;
Mas estar pra sempre contida,
Em minha Hladini Shakti...

Que a ilusão escritural dos Veda ou da Bíblia,
Ou tantas outras, não te cubra com o véu da ignorância,
Na postura correta de seu mestre,
Que mesmo contra a vontade...
Canta as letras que matam...

Eu escreverei as que vivificam, 
E nelas podem estar você.
Volta Devi, volta...
Pois sem a minha Douradha,
Só agora te tenho como minha amada...
Amante...
Namoradha !!!


Volta pra escrevermos um livro juntos !!!!

PEREGRINAÇÃO INVOLUNTÁRIA


PEREGRINAÇÃO INVOLUNTÁRIA

Trilhões de árvores como abrigo,
O mundo como fronteira,
Me limitando...
Pois não consigo voar.

Se foi embora mais uma vez,
Minha dignidade e lucidez,
Sinto por os deixar tristes,
Mas eu me cansei...

Claro que meu coração pulsa em dor,
Meu estômago sente calafrios...
O que será esse mundo a minha frente?
Onde a relação íntima será eu?
Eu...
A minha própria relação íntima;
No mergulho sem medo de seguir o caminho,
Com meu cajado...
E alguns cometas e um sonho:
Liberdade sem desespero.
Na certeza de que dentro de mim,
Eu já acertei.
Mas não posso externar o que sei,
Devido minha brutalidade...

Oro pra que sem medo,
Siga adiante,
Na rotina de fazer cada dia diferente,
Observando a cultura,
De toda essa gente...
Indo sempre na direção,
De onde alcançar minha visão.

(25.09.2004)

VOU DE NAVIO PARA BHARATA VARSHA .'.



VOU TE TRAZER DE VOLTA A VIDA,
NA VIDA ETERNA DE NÓS DOIS,
QUANDO DESSA VIDA ME FOR...
TODOS OS ENIGMAS JÁ ESTÃO,
EM ANÁTEMAS LANÇADOS,
PELO REAL - O BUSCADOR...
AQUELE QUE DOS SÍMBOLOS FAZ PRESENÇA,
NA IMPORTÂNCIA DO QUE SE FALOU...
MAS QUE DEPOIS SE ESCREVEU.

O MAR AGORA PARTICIPA DE MIM NOVAMENTE,
E ASSIM O NAVIO PODERÁ PARTIR EM 11 ANOS,
OU AINDA ATRACAR POR AQUI POR MAIS TEMPO,
SAIR DE MEU PAÍS APENAS SE FOR,
PARA O CONSENSO FINAL...
EXISTE UMA CHANCE ENTÃO...
OU TUDO SE DESTRÓI QUANDO EU RESOLVER,
IR DE NAVIO QUE HÁ SÉCULOS "ME TROUXE",
OU SE NO EU IR COM O NAVIO,
OS BOTÕES SE APERTAM E NÃO SE PERDE TUDO...

FICAR SEM O AMOR DELA É O QUE MAIS DÓI,
MAS DÓI TAMBÉM SUA TRAIÇÃO,
EM SE FAZER PALAVRAS QUE EU VIM CUMPRIR...
AH, SE COMO ELA HOUVESSE AO MENOS UMA,
UMA SÓ SIMILAR E NÃO COMPLETA,
QUE PUDESSE OUVIR MINHAS LOUCURAS,
BEBER NO SEU ÊXTASE O MEU PRAZER...
NUM ENCONTRO TOTAL DE NOSSOS OLHOS,
ONDE SÓ POR ISSO EXPLODE O GOZO,
E NOS TOQUES VINDOUROS O COMPLETO ROMANCE,
DOIS CORPOS ENTRELAÇADOS A COMEÇAR PELAS MÃOS...

DO GOSTO DO BEIJO,
DAQUELA QUE ESCOLHERÁ PRA MIM,
PRA SUPRIR UM POUCO A SUA FALTA;
MORARÁ NELA MINHA PROMESSA,
DE QUE VIVEREMOS TODOS,
SEMPRE MUITO FELIZES...
E DE SE FAZER DE UM SIMPLES 'PIC NIC',
ALGO QUE NESTE MUNDO;
NINGUÉM QUE NÃO FOSSE EU,
OU FOSSE VOCÊ;
COMPREENDERIA OU SABERIA DIZER,
DESSE NOSSO SEGREDO...
SOFISMOS IREI LANÇAR,
JÁ OS LANCEI...
MAS DE SORTE JÁ POSSO FALAR,
QUE JÁ NÃO EXISTEM SÍMBOLOS QUE NÃO EU DESVENDE,
OU ESPECULAÇÕES QUE JÁ NÃO FAÇA...
OS DOUTORES "MORREM" COM MEU PALITO NOS DENTES,
E NUM PEDIDO DE UMA BRAHMA GELADA...

EI TE DAR DE VOLTA A MIM, DEPOIS QUE EU PARTIR,
EM CORPO...
E SÃO, DE QUE NADA VIVI AQUI,
NO TRANSCENDENTE FATO DE QUE O TEMPO,
EM NADA ME ME AFLIGE.
E APENAS PARA UM BEM COMUM;
 A EXPERIÊNCIA...
É UMA LÓGICA DE SER, UM HUMANO...
O QUE PROMETEU E TENHO CUMPRIDO...

SEU CORPO É A PORTA DE ENTRADA,
MINHA PARA QUALQUER COISA...
E QUE EMBORA MORE EM MIM ETERNAMENTE,
SEM TI Ó RADHA,
SOU APENAS UM MENDICANTE NESTES DIAS DE KALI,
ATÉ QUE DEVOLVA MEU PODER,
OU QUE EU GRITE O GRITO SECRETO,
APÓS IR DE NAVIO A BHARATA VARSHA...
Ó RADHA, SÓ VOCÊ MINHA AMADA.
MINHA ETERNA NAMORADHA;
O RESTANTE,
APENAS  NAMORADA' S...
A INCÓGNITA!
A DÚVIDA!
MAS QUE DELES SEJAM A DÚVIDA...
E QUE DE MIM VENHA A INCÓGNITA.
Ó MINHA AMADA DOURADHA.