.'. A Pedra e o Triângulo.'.


PEDREIRO LIVRE

Quantas vezes mais terei de escrever,
Pra lhe mostrar que eu sou um...
Quantas palavras deverão ser ditas,
Para que compreendamos coisas a mais.

Eu fui embora triste,
Por não te ver,
Não te ver agora,
Não falar com você.
Não estar ao meu lado.
Continuo...
Ainda assim continuo.

Vem me dizer das horas importantes,
Em que por um instante,
Eu vi nascer um universo inteiro;
No ego da minha própria ilusão...

Correr, correr, correr...
A morte se revela a cada momento.
Do que se lamentar?
Viver até a morte chegar.
Do que se lamentar?
Viver até a morte chegar...
Amar livremente amar,
A eterna liberdade de saber;
Eu pessoa,
Eu você...

(29.06.2004)












TRIÂNGULO DE MINAS
(09.02.2009)



























O delta ardente vulcânico,
Das labaredas sofistas,
Da observação...
O dia pleno em segurança.
Amor em plena decadência...
Do amor eros restou apenas cinzas,
Do amor ágape o que sobrou foi Deus.
Difíceis caminhos,
Aqueles percorridos
Mas intensos em sua realização.
A morte da alma é um engodo,
Ela segue sana no controle e no coração.
Verdades ausentes...
Das escrituras observadas,
Por Maitreya...
Em conjunturas personalistas,
Agregadas ao triângulo,
E cujo filho ali nascente,
Não liberta...
Mas confirma o Supremo Krishna.

O Leão que tira o próprio espinho...

Como um leão, que viveu sempre na selva; que agora vive enjaulado; que agora parece calmo... Mas é tudo depressão. Saudade da liberdade. E então esse leão está sempre imprevisível em suas ações, sua ira esta latente. Mas ela está ali, e quando menos se espera ao alimentá-lo se é atacada...
O leão com suas presas cortadas não mata com a mesma precisão, mas sua ira é concreta, decisiva, e um só homem, não poderia sobreviver por muito mais tempo... Mesmo com sua presas cortadas, sua unhas cerradas, e seu ímpeto fatal, tirado a força, por alimentos balanceados...

Ao homem-leão, já não existe saída... Solução mortal o que seria? Na minha fé, um inferno ainda mais terrível ao que se pode ir. Mesmo que se vá para um inferno comum, o inferno 'do corte final', é um inferno mais duradouro... Aqui fica claro, que um viver no inferno também não é pra sempre.
Existe uma classificação de certos seres humanos, que dizem “o inferno é aqui”, nossa, o engodo mostrará onde levará estes. Mas é difícil, o estado mental nunca tá satisfeito, e hoje já não existe mais as doces canções para meu Senhor. Já não existe volta – meu ego não deixaria – e a percepção, que pior que tudo na minha vida foi o apego familiar; tentado resolver ''karma''; mas karma meu que só eu poderia suportar entender e querer como lila; e que não se resolve, se complica... Eu só precisava cantar doces canções ao meu Senhor, na companhia dos santos... E assim tudo se resolveria?! Ah; se essa certeza fosse minha a mais tempo. Não seria um leão como venho sendo, enjaulado e alimentado pela família... Insociável e incapaz de sequer querer realmente algo disso... Disso que me oferecem, disso que querem que eu faça, de que querem que eu trabalhe. Desses tantos dissos... Da imposição de outros leões como santos também...

Teria que conter no tempo todo minha 'catarse', e ficar tomando remédinhos para acalmar o leão... O pior que não tenho ninguém mais, para ao menos falar... Psicoterapia, é pra quem tem dinheiro, ou então 15 minutos a cada quinze dia no SUS, onde uma quase analfabeta maltratada irá te atender, pensando em coxinhas fritas com um copo duplo de Coca-cola... Merda. Então sobrou a mãe, que já nem sabe falar... Então não tem solução, o leão não morderá sua jugular; mas despejará sua verbal ira, e falará tantas verdades – daqueles “karmas” de família; que julgo akarma neste jogo que eu sou o Rei vencedor – tudo culpa de uma fraqueza pessoal e um despertar tardio, para as coisas que em teoria já sabia... Nada há neste universo que já não o tenha digerido em sua criação. Eu Digerido...

Respirar fundo, tomar remédios para o estomago primeiro, tentar algum tipo de fuga momentânea, e um jeito de buscar subterfúgios mentais de coexistir neste mundo (nada com drogas, talvez um clonazepamzinho eum 1500mg de lítio)... E ter o que é mais Sagrado, como pano de fundo; e isso sim é lamentável... A dor de querer de verdade, é uma dor que já veio tarde. Até logo.

Chove lá fora, são mais que 09 horas, já sabia que o sonho acabou. Vou parar um pouco e levantar de novo; talvez como um sinal de resistência. Eu o deficiente... Ninguém tem culpa... A escolha é totalmente Minha

O VERBO


O verbo
(22.05.2001)

Gostaria de sair gritando.
Meus sentimentos extravasando.
Mas as loucuras que me vem à mente,
Me faz calar,
Até o próximo escândalo,
Quando a catarse chegar.

Meu amor mais uma vez foi traído,
Pelas mentiras que outro contou...
Tentei então ressurgir das cinzas:
Voltando – assim – do mesmo monte,
Em que você me jogou.

Impune”;saí ileso,
Tentando ao máximo,
Ocultar o Verbo...
Ao mesmo tempo que caía a chuva,
Me via nas ruas cantando o 'medo'.

Buscava ao longe, sair sorrindo,
Desses meus contos que ninguém ouviu.
Cantarolando velhas cantigas;
Ainda assim o machado era meu.

Arriscando suas próprias vidas,
Almas inocentes teimam em me destruir.
Mas sigo a cada novo retorno,
Pisando” em cima de seus orgulhos,
Seguindo tranquilo meu eterno discurso...

E assim o Verbo era meu...