PEREGRINAÇÃO INVOLUNTÁRIA


PEREGRINAÇÃO INVOLUNTÁRIA

Trilhões de árvores como abrigo,
O mundo como fronteira,
Me limitando...
Pois não consigo voar.

Se foi embora mais uma vez,
Minha dignidade e lucidez,
Sinto por os deixar tristes,
Mas eu me cansei...

Claro que meu coração pulsa em dor,
Meu estômago sente calafrios...
O que será esse mundo a minha frente?
Onde a relação íntima será eu?
Eu...
A minha própria relação íntima;
No mergulho sem medo de seguir o caminho,
Com meu cajado...
E alguns cometas e um sonho:
Liberdade sem desespero.
Na certeza de que dentro de mim,
Eu já acertei.
Mas não posso externar o que sei,
Devido minha brutalidade...

Oro pra que sem medo,
Siga adiante,
Na rotina de fazer cada dia diferente,
Observando a cultura,
De toda essa gente...
Indo sempre na direção,
De onde alcançar minha visão.

(25.09.2004)