A PENA DO PAVÃO

A PENA DO PAVÃO

Deixe deslizar em ti minha pele,
E terá sensações que não teve antes...
Pois, trarei suas lembranças,
Em que dias e noites e eternidades vãs,
Trouxeram-te a mim como amantes...
Apenas que a ti só, eu dediquei,
A fazer de nossa cópula diamante...
Eis que ver-te nua já não posso,
Pois meu lábios - neles - guardam o seu corpo...
E que estão fechados, meus olhos...
Ao te seduzir pelos meus toques,
Você se orienta pelo êxtase,
E me orienta com sua potência,
Potência própria de ser o meu amor...
Mesmo que menina - ainda;
Insiste em ser mulher pra esta vida...
Então aos poucos sopro a minha pena...
Meu olho há de chorar e não aguenta;
De render-se em seu útero; jorro viril.

Trajeto Leblon-Lapa (pelas redondezas de Botafogo), Rio de Janeiro
Quarta, 14 dezembro de 2011