RAINHA JULIANA


RAINHA JULIANA

No ciclo natural do tempo,
Eu; atemporal...
Não sujeito ao tempo.
E, intemporal...
Nascido antes do tempo;
Sofro !




















Cada dia que a vejo,
Vejo sua particularidade singular,
De estar sempre elegante,
Sem copiar...
Não tenho o que fazer !
Só dar tempo aos passatempos...
Mas não esqueço que nessa carne,
Sinto dor...
E sinto o peso de ser a mãe,
O pai e o avô...

Eu simplesmente queria fazer;
Passar minha mão no rosto de minha amada,
Ela reciprocar com um sorriso,
E então afirmar a ela que nunca esteve abandonada.

Já não consigo vingar nada, nem ninguém.
Pois cada vez que contemplo seu rosto e formas,
Me sinto escravo,
Da dignidade da misericórdia,
Desta menina;
Desta mulher.

Eu em minha real loucura;
- Nesta loja cheia de letras -
Gostaria de gritar bem alto
- Meu amor; és a Divina Deusa !
   -Por quem clamam os Cavaleiros na história...

As vezes – como agora -
Engulo seco minha saliva.
Pois embora ela desça molhada,
A garganta adormece,
De tanto o coração pulsar,
Descompassado;
Entre paz e desejos...
E amor, muito amor.

Me vejo andando com ela de mãos dadas,
E a abraçando sorrateiramente...
Encostando sua linda forma no tronco,
De uma acácia amarela;
E beijando seus lábios;
Desesperado de sede...

Eu sei que não haverá outra nossa encarnação !
Minha decisão...
A olhei nos olhos, e assim;
A levarei para casa estando tudo consumado...
Estaremos juntos de qualquer maneira.
Continuará a misericórdia e o perdão...
Mas quero refrescar meu corpo na pele dela.
Em, na mistura almiscarada,
De nossa amalgama




















L. SABINO.'. Noite, sexta-feira, 13 de abril de 2012